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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Mais de 20 mil pessoas podem ficar desempregadas só no RN, caso haja o fim da vaquejada

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A Associação dos Vaqueiros Amadores do Rio Grande do Norte (Assovarn) estima que, havendo o fim das vaquejadas, o que acredita não ocorrer, mais de 20 mil pessoas fiquem desempregadas, representando uma redução de algo em torno de R$ 30 milhões injetados mensalmente na economia local só de salários.
De acordo com o presidente da Assovarn, Paulo Saldanha, ocorrendo o fechamento dos postos de empregos, serão atingidos médicos veterinários, domadores, vaqueiros, caseiros, tratadores, motoristas, cozinheiros, tratoristas, donos de bares, casas de show e artistas, mas que os prejuízos serão ainda maiores, porque a vaquejada movimenta toda uma cadeia econômica.
“Esses R$ 30 milhões mensais são somente em salários de funcionários. Serão mais de 20 mil famílias sem uma fonte de renda. Se levarmos em consideração clínicas, lojas de ração e medicamentos veterinários, leilões, indústria têxtil e todos os profissionais envolvidos na logística, transporte, infraestrutura e operacional, os prejuízos serão muito, mas muito maiores. Serão dezenas de milhares de pessoas desempregadas e de dezenas de milhões de reais a menos circulando na economia potiguar todos os meses”, destacou.
Pelos cálculos da Associação, ainda em fase de levantamento, já é possível estimar que a cadeia econômica da vaquejada gere mais de 60 mil empregos indiretos somente no Rio Grande do Norte. No Nordeste, os empregos gerados de forma direta passam de 200 mil e os de forma indireta 600 mil indiretos.
Os responsáveis pelas vaquejadas no Rio Grande do Norte querem desmistificar a acusação de maus tratos, já que atualmente todos os animais são acompanhados por médicos veterinários e todos os eventos possuem um regulamento voltado para o bem estar do animal, que impede qualquer tipo de violência. “Toda vaquejada oficial usa, obrigatoriamente, protetor de calda para não machucar o rabo dos bois, os cavalos não podem ter lesões sob pena de desclassificação, o vaqueiro não pode chicotear o animal, o boi é intocável e só pode ser tocado no protetor, os bois tem água e alimentação disponíveis durante as provas, enfim, são várias as regras”, completou.
Para fortalecer o apoio da classe política na luta a pela regulamentação da vaquejada, na próxima terça-feira (11), pessoas envolvidas na cadeia econômica irão fazer um ato público em frente à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) a partir das 9h, por entenderem como “injusta” e “preconceituosa” a recente decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou inconstitucional uma lei estadual que regulamenta a vaquejada no Ceará.
R. Pires

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