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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Advogado rebate suspeitas contra major:


Para Luís Claúdio Melo, o major Duarte não se encaixa no crime de receptação de produto roubado. Delegado de Macau o prendeu ontem por andar com veículo de placas clonadas. Oficial está preso no quartel da PM em Natal

O advogado Luís Cláudio Melo, responsável pela defesa do major Divanaldo Marques Duarte, rebateu as suspeitas contra o seu cliente de que ele receptou um produto roubado. Segundo o advogado, o major não sabia da ocorrência de roubo que constava no veículo em que andava e que o adquiriu a preço de mercado. Ontem, Luís aguardava resposta do juiz da comarca de Macau sobre o pedido de relaxamento de prisão do oficial. O major foi detido na tarde da última terça-feira depois de uma investigação da Delegacia Especializada em Defesa de Cargas e Veículos (Deprov) em conjunto com a delegacia de Macau, onde era comandante do batalhão.

Para o advogado Luís, o major não se encaixa no artigo 180, que descreve o crime de receptação. “Ele não sabia dos antecedentes criminais da pessoa que o vendeu o veículo. Ele desconhecia que o carro era advindo de roubo e, por fim, o adquiriu por um preço considerado de mercado. Por isso, acredito no relaxamento da prisão do meu cliente”, declarou Luís em entrevista à TRIBUNA DO NORTE.

Ainda segundo o advogado, o major teria conferido as placas do carro, mas como são clonadas, nada foi apontado no sistema. “Das 48 parcelas no valor de 849,45, apenas 16 foram quitadas. Sendo o major responsável pelo restante do pagamento em uma negociação que envolveu um outro carro do oficial”, esclareceu.

O major Duarte teria dado em troca um veículo modelo Fox de ano de fabricação 2006, para arcar com as 32 parcelas restantes do veículo Cross Fox, ano 2008.

Contradição

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE procurou o delegado Demontiê Falcão, titular da Deprov e responsável pela investigação que culminou com a prisão do oficial. Ele é cético quanto aos argumentos utilizados pelo advogado e os rebate em alguns pontos. “O carro já estava quitado e com sete chamados indicado o seu roubo. Como um oficial da PM não checou isso antes da compra?”, indagou o delegado.

Para Demontiê, o advogado não deve estar discutindo publicamente o assunto e sim se resolver com a justiça. “A justiça decidirá as responsabilidades de cada um. Esse advogado está falando besteira”.

Até o final da manhã, não havia decisão da comarca de Macau sobre o pedido de relaxamento de prisão do major Duarte.

O Comandante Geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, o coronel Francisco Araújo, esclareceu que o major está detido no quartel da corporação em Natal e está a disposição da justiça. “Ainda na terça-feira, ele foi afastado das funções. Agora será instaurado inquérito militar para investigar o seu comportamento e conduta à frente do batalhão de Macau”, declarou.

O caso

O comandante do Batalhão da Polícia Militar de Macau, (região Salineira do RN) Divanaldo Marques Duarte, foi detido na tarde de terça-feira, no local de trabalho. O major foi preso sob acusação de receptação dolosa. Ele estava com um veículo roubado – um CrossFox com placas frias MXO-9566. A informação foi repassada pelo titular da Delegacia Especializada em Defesa de Cargas e Veículos (Deprov) Demontiê Falcão. De acordo com o delegado, a placa original do carro é KJF-0622. Consta no Boletim de Ocorrência que o automóvel foi roubado no dia 2 de dezembro de 2009, na avenida das Alagoas, no bairro de Neópolis em Natal. “O major disse que ao comprar o carro chegou a “puxar” a ficha do veículo e não constava roubo. Não acreditamos na versão dele. Há três meses, o major utilizava o Crossfox”, frisou o delegado que pretende apreender outros veículos provenientes de roubos e que foram levados para a região.

Fonte: Tn Online. ACS

Um comentário:

  1. amigo add meu gmail qualque noticia vc envia pra mim o link é

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